Entre Ilhabela e Arraial do Cabo, há mais de 600 km de litoral, com o Parque Nacional da Serra da Bocaina e a APA do Cairuçu cravadas no caminho, e o Rio de Janeiro como ponto de partida. É um punhado de lugares para viajar perto do Rio de Janeiro, todos a menos de 6 horas de carro da capital, para quem quer curtir o verão com sol, mar e cachoeira sem aglomerar e em meio à natureza.
Arraial do Cabo e Búzios
Onde fica: São os primeiros lugares que o carioca pensa quando a viagem é praia no litoral fluminense, já as duas cidades ficam a apenas 2h30 de carro seguindo pela BR-101.
E é possível viajar com segurança para ambos os locais, mesmo em meio à pandemia, já que tanto Búzios, quanto Arraial, possuem trilhas que levam a praias mais vazias, piscinas naturais e – vale lembrar – é sempre possível fazer os passeios de barco privativos.
O que fazer em Búzios e Arraial do Cabo: Para quem quiser trilhas com grupos privativos, a Cactus Experiências faz a das Emerências no por-do-sol, a que leva à Ponta do Pai Vitório seguindo até a deserta praia dos Negros, e também a trilha para piscinas naturais da Ferradurinha.
Já em em Arraial, a Cactus conduz o viajante por uma trilha lindíssima, que passa pelo Pontal do Atalaia Lago do Amor e pela Praia Brava. Leva em media 4h, e exige um pouco de preparo físico (e nossos leitores têm 10% com a Cactus, só apresentar o cupom juju10) Já se a ideia for fazer velas ao mar, os barcos privativos são uma opção para fugir da muvucada das escunas no verão.
- Em Búzios, no barco Be Happy , a traineira com até 10 passageiros custam R$200 por pessoa por hora, e R$1300 para fechar o barco pelo dia todo.
- Já o Luis Kunz (wpp 21 98114-0110) sai de Cabo Frio com lanchas em passeios privativos de 6, 10 e 16 pessoas, por valores a partir de R$1800 para o dia todo, e tem roteiros passam por Arraial, Ilha do Papagaio e o canal de Cabo Frio.
- Em Arraial, o Juan faz passeios privativos tanto de Saveiros quando de barcos menores. No Saveiro, os passeios privativos saem de tarde e custam a partir de R$1500, e no barco menor saem em qualquer horário e custa a partir R$ 1000. O Arraial Beach Tour faz privativo com até 15 pessoas da mesma família, e cobra R$1400 pelo dia todo na alta temporada.
Onde se hospedar em Búzios:
Em Búzios, adoro Boutique Hotel & Spa Casas Brancas, a Vila da Santa Hotel Boutique & Spa e o Vila d’este Handmade Hospitality Hotel. Ficam todos na Orla Bardot, perto da Rua das Pedras e de frente pro mar.a pousada Cactus (antiga Ilana), é uma das que pretende esperar um pouco.
O Insólito Hotel, na Ferradura, é outro ótimo: uma pousada boutique de design com quartos artsy.
Para quem quiser pousadas “afetivas”, gosto da Pousada Bucaneiro (perto da Rua das Pedras) e Casa Cactus (a 300 metros da praia da Tartaruga)
Onde se hospedar em Arraial:
A pousada Caminho do Sol fica no canto da Praia Brava, bem ao lado do Pesqueiro, e é uma boa opção.
Se quiser alugar uma casa, tem a Corazul, no Pontal, com um estilo grego-mediterrâneo.
Lugares para viajar perto do Rio: Visconde de Mauá, Maringá e Maromba
Onde fica: Outro da lista de lugares para viajar perto do Rio de Janeiro. Cravados na Serra da Bocaina, Mauá e vizinhanças são uma pedida para quem gosta de mata e cachoeira e de povoados de charme. Fica a 3h20 da capital carioca, via BR-116.
O que fazer: As vilas de Maringá e Maromba são lindas. Elas ficam distantes uns 5km uma da outras e ambas têm cafés, restaurantes, lojinhas e são próximas de cachoeiras. Maromba é mais alternativa que Maringá, eatrai hippies e místicos que dizem que o vilarejo está num centro energético.
É também uma região de boas pousadas, e mais próxima do circuito clássico das cachoeiras, que inclui o escorrega, o poço das 7 quedas e véu da noiva. Maringá é mais arrumadinha, e é atravessada pelo Rio Preto, que divide os lados mineiro (mais arrumadinho) e carioca.
Além do tradicional roteiro da Maromba, outras cachoeiras que valem um mergulho são as do Vale da Santa Clara, do Sítio do Alcantilado e o poço do Marimbondo no Vale do Pavão.
Outro lugar que merece uma visita é o Parque Ecológico Cachoeiras do Santuário, com mais de 20 cachoeiras. Para comer, no lado mineiro de Maringá, eu amo a Alameda Gastronômica Tia Sofia, que reúne vários bistrôs de charme. Também é um programação jantar no Rosmarius, que ocupa um casarão lindo na estrada Mauá-Maringá.
Se a ideia for um hotel, recomendo:
- Pousada Portal Dos Ventos: Com vista para a Pedra Selada, essa pousada fica em meio à mata e no alto do vale. Os chalés são espaçosos e aconchegantes, avararandados, e algumas unidades têm hidromassagem. Da pousada, chega-se andando na cachoeira do Escorrega, que fica a não mais de 1 quilômetro. Porém, ela não aceita crianças.
- Fazenda do Mel: a vantagem aqui é que a fazenda tem diversas trilhas, um rio, duas cachoeiras e a água que abastece a pousada vem da nascente localizada no terreno. O inconveniente é que a fazenda fica um pouco mais distante: a cerca de 7 km do centro de Mauá, e a 11km da cachoeira do Escorrega , por exemplo.
- Terras Altas: com chalés de madeira a 2 km da cachoeira Águas Claras, a 5km do centrinho de Mauá e a 10km de Maringá. Entre os protocolos de segurança, desinfecção com pulverização usando-te Nippo- Bad Plus, pedidos de café e demais refeições precisam ser feitas por Wpp e com hora marcada no restaurante. A pousada também tem os selos Safe Travel e Turismo Responsável.
- Buhler: bem família, com clima der fazendinha, e fica a poucos minutos do centrinho de Maringá.
- Tijupá: Está a quase 4 km de Maringá, no Vale do Pavão, em um terreno amplo com rio e uma piscina natural.
Destinos perto do Rio de Janeiro: Paraty
Onde fica: Parte do Caminho do Ouro, Paraty é uma das cidades do Rio com maior legado Colonial Casarios, igrejas datadas de 1722 e, claro, um mar lindíssimo de tom esmeralda. Ela fica a 3:45h da capital do Estado e próxima de outros destinos lindos, como Angra dos Reis, Ilha Grande e Trindade.
A estrada não é tão movimentada quando a que leva para Búzios e Arraial, mas é preciso ter atenção, já que é via de mão dupla e com muitos radares.
O que fazer: Paraty une atividades para todos os gostos, como pontos históricos, praias, trilhas e cachoeiras. No centro, onde ficam concentrados as construções coloniais, restaurantes, galerias de artes e também a saída de passeios de barco. Na região não circulam carros, apenas pedestres, mas há estacionamentos no entrono para acesso.
Os pontos imperdíveis são as igrejas antigas, principalmente a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios e a Igreja de Santa Rita, a Casa da Cultura, com exposições de artistas e artesãos locais, e, saindo um pouco do centro, caminhar até o Forte Defensor Perpétuo.
Para quem quer curtir as praias belíssimas da região, vai um aviso: são mais de 100, além de muitas ilhas no entorno. Sendo assim, opte por passeio de barco, em escunas maiores ou lanchas privadas, para conhecer as mais lindas. Escolhas os passeios que incluam algumas (ou todas) dessas praias:
- Praia da Conceição;
- Ilha do Algodão;
- Ilha da Cotia;
- Praia do Sono;
Além das praias e do centro, Paraty tem muitas trilhas. As principais delas ficam no Caminho do Ouro, mas há outras, como a da Pedra Branca, que leva até uma cachoeira linda. Quem faz algumas é o pessoal da Casa Aventura.
Onde ficar em Paraty:
O coração de Paraty fica no centro histórico e o melhor lugar para se hospedar é nele. Melhor ainda se for em prédios coloniais, como a Pousada Literária, Casa Simone e Casa Turquesa todos muito charmosos, com arquitetura interna tropical e quartos amplos.
Cidades perto do Rio: Trindade
Onde fica: Trindade é uma vila que faz parte da Costa Verde do Rio, a aproximadamente 40 minutos de carro do centro de Paraty. O caminho é pela BR 101 e depois pela Estrada de Trindade, de 8 km. A chegada é belíssima, com vista para a praia de Fora.
O que fazer: Natureza e Natureza, essa é a cara de Trindade. De um lado, praias cristalinas, do outro, vegetação preservada e trilhas que levam à cachoeiras. O destino é lindo e vale uns bons 4 dias de estadia.
Dentre as praias, a de Fora é a mais acessível, logo na entrada da cidade, com continuidade na praia do Rancho, que fica perto do centro. No entanto, as mais bonitas são a do Meio e do Cachadaço, no lado direito do litoral. O mar, em ambas, é claro e calmo, perfeito para relaxar. Se continuar a caminhada chegará na a trilha do Cachadaço, que leva às piscinas naturais da região.
Além disso, como principal cachoeira tem a Pedra que Engole, que fica a apenas 20 minutos da Praia do Meio. Você mergulha em uma fenda e saí na piscina natural que fica ao lado. Na mesma trilha ficam ainda a Cachoeira do Poço Fundo e do Escorrega.
Onde ficar em Trindade: As pousadas em Trindade não são luxuosas e se concentram no centrinho da cidade. Eu recomendo duas mais charmosas, a Pousada Filhos da Terra e a Pousada do Riacho. Ambas tem ótimos cafés da manhã, quartos bem cuidados e estacionamento.
Viagens perto do Rio: Saco do Mamanguá:
Onde fica: Mamanguá fica a 4h30 de carro do Rio, pela BR-101 até Paraty-Mirim. Chegando lá, é preciso pegar um barquinho no cais e seguir por um trajeto de cerca de 30 minutos. Há sempre barcos no cais.
O que fazer: o Saco do Mamanguá é mais uma das viagens perto do Rio e numa região de natureza exuberante, dentro da Apa do Cairuçu. É o único fiorde tropical do mundo, com um braço de mar invade o continente e rasga as montanhas, com dezenas de micro enseadas, cachoeiras, mangues, rios de águas límpidas e trilhas pela floresta que cobre o horizonte até onde o olhar alcança.
Aqui, o sinal de celular é quase inexistente, raramente há wifi, e nada disso faz falta. O Mamanguá é um lugar para se desconectar e relaxar. O turismo não chegou forte no Mamanguá, talvez por causa do acesso que só de faz de barco, e esse é um lado bom. Aqui, o ritmo dos vilarejos caiçaras de manteve, e a natureza segue preservada.
Há trilhas que levam para todos os lugares, desde o Pico do Pão de Açúcar – caminhada pesada que leva cerca de 4h ida e volta – a trilhas mais leves para as praias. Recomendo fazer o passeio de barco pelas praias do Mamanguá com almoço no restaurante do Dadico (mais uma vez, com a Paraty Tours), e o caiaque pelos mangues com trilha pela mata e banho de cachoeira. No passeio de barco, tente incluir :
- a praia do Saco da Velha
- a praia do Buraco.
- almoço no Dadico
Onde ficar no Mamanguá:
Você pode ficar no Saco do Mamanguá mesmo, ou em Paraty e Paraty-Mirim.
Nós nos hospedamos na Casa de Vidro, em Paraty-Mirim, e foi incrível. Fica debruçada sobre o mar, é toda de madeira, pedra e enormes janelões, com piscina e deques sobre o oceano.
Também adoro a Casa Luz Paraty. É charmosa, tem uma prainha particular, e o bangalô-mar, de vidro, madeira e a beira-mar.
Cunha
Onde fica: Está a 295 km de distância do Rio pela Rodovia Governador Mario Covas e BR-101, e a 46 km de Paraty pela via Paraty-Cunha.
O que fazer em Cunha: Cunha tem paisagens verdejantes que se dividem entre a Serra da Bocaina e o Parque Estadual da Serra do Mar, esse último a maior Unidade de Conservação de toda a Mata Atlântica. Ao todo, são 232 mil hectares que vão do Rio até o litoral sul São Paulo.
O núcleo de Cunha corresponde a 13,3 mil hectares e abriga uma das porções de maior biodiversidade do parque. Isso quer dizer dezenas de trilhas e cachoeiras. Delas, sugiro a do Jericó, a do Pimenta, a do Taboão e a do Pimenta. Porém, recomendo um 4×4 para não passar perrengue, porque as estrada são cheias de pedra e buracos. Se estiver com carro baixo, não arrisque e contrate uma agência.
Se for do time dos trilheiros, tem o Pico da Macela, mas é uma caminhada puxada que leva ao topo do morro. De lá, tem-se a vista de todo o litoral. Cunha também é conhecida como a terra dos ceramistas e abriga dezenas de ateliês.
Vale fazer o roteiro, porque as peças são lindíssimas e feitas com a milenar técnica japonesa. Se quiser ir em um lugar apenas, rume para a Casa do Artesão, onde são vendidos produtos de vários artesãos e ceramistas locais.
Onde se hospedar em Cunha:
Gosto das pousadas Candeias, Girassóis, Latitude Lodge do Pouso Caminho das Artes.
Serrinha de Alambari: Cidades para viajar perto do Rio de Janeiro
Onde fica: Serrinha do Alambari é uma vila do Distrito de Resende, que fica a aproximadamente 3h da capital do Rio. O acesso principal é pela Via Dutra, entrando em Penedo e seguindo mais 20 minutos até Serrinha.
O que fazer: a cidadezinha é cercada por natureza e há muitas trilhas para explorar, alguma com cachoeiras e piscina naturais lindas. Parte delas ficam dentro do Camping, com entrada de R$12 por pessoa, e a mais bonita é o Poço Esmeralda.
Fora do camping, mas também em área particular, há mais dois poços lindos, que são o Dinossauro e o do Céu. O acesso tem que ser feito com guias experientes (R$30 de entrada + o valor do guia), já que a trilha que leva às duas é densa. Mas vale a pena, pois as piscina naturais são de águas claríssimas.
Onde ficar em Serrinha de Alambari: se a falta de conforto não for problema, dá para ficar no Camping do Brasil, levando barraca e mantimentos. Já na cidade de Serrinha não há pousadas e a estadia mais próxima é em Penedo.
Eu indico ficar em meio a natureza na Pousada Serra da Índia, com poucos chalés e acesso restrito, ou na Reserva Penedo, que tem uma estrutura um pouco maior, mas também tranquila.
Viajar perto do Rio de Janeiro: Ilha Grande
Onde fica: no litoral sul do Rio, na Costa Verde. O acesso é por barcos, que saem de Angra dos Reis ou de Conceição de Jacareí, e duram em média 2h (há flexboats, que fazem em 20 min). Em Jacareí, inclusive, há estacionamento para deixar o carro durante a estadia, por R$30 por dia (Marcio Vista Mar – 21 98916-9222).
Já o valor do barco é de R$50 por treco, igual para ida e volta.
O que fazer: o litoral de Ilha Grande é espetacular, com uma lista bem grande de praia lindas para conhecer. Muitas delas o acesso é por barco ou então por trilhas mais difíceis. Minha sugestão é fechar passeios para não perder nenhuma delas. Nó fizemos com a LIG (Lanchas Ilha Grande) e conhecemos as mais lindas, que são:
- Paranóica;
- Meros;
- Aripeba;
- Aventureiro;
- Caxadaço;
- Praia de Dois Rios.
Há também a opção de montar um roteiro privado e, nesse caso, escolha ir para Cataguases, um conjunto de praias e ilhotas com o mar que estoura de azul. Digo, inclusive, que dá para compará-la com Pai Bi Island, na Tailândia, de tão lindo que é.
Não deixe de fazer no mesmo dia uma parada na Lagoa Verde, que tem esse nome por causa da cor esmeralda do mar.
Onde ficar em Ilha Grande: escolhemos o Jungle Lodge Ilha Grande, que fica perto da vila de Abraão, entre 15/20 minutos de trilha. É uma hospedagem diferente, para se conectar com a natureza e passar os dias ao som do vento, mar e pássaros. Parecido também é o Atlantica Jungle Lodge, com um pouco mais de estrutura, mas que fica a 2/3 horas de trilha de Abraão. No entanto, os barcos de passeio passam para buscar os hóspedes lá.
Para quem quiser optar por opções mais centrais e com estrutura, indico a Pousada Casablanca, que fica em uma rua tranquila em Abraão, e a Pousada Rubi, que fica de frente para a praia da vila.
dicas incríveis!!!! amei. amamos!
<3
Lugares maravilhosos