Luang Prabang, a pérola do Sudeste Asiático

Luang Prabang
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Chegamos em Luang Prabang depois de passar pelo Camboja. E foi uma das mais gratas surpresas da nossa última viagem pela Ásia. Luang Prabang não é só um lugar lindo. É uma mistura de sentidos. As flores e incensos que perfumam as ruas, os bancos sob as árvores salpicados de flores vermelhas, as vestes alaranjadas dos centenas de monges que se misturam com o cheiro de café, do curry e do khaffir. Os rios Khan e Mekong ladeiam a pequena cidade e, ao fundo, uma cadeia de montanhas verdes transmite uma tranquilidade sem fim. É assim. E que seja assim para sempre.

Luang Prabang
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Só pra contar um pouco de história, Luang Prabang é a capital do antigo reino do Laos, que por sua vez foi uma colônia francesa. Então, o que tem lá é uma cidadezinha linda, patrimônio mundial da Unesco, com um casario colonial todo preservado espalhado por pequenas ruas, um zilhão de barzinhos e restaurantes incríveis, e o mercado de artesanato mais lindo de todos (melhor que os de Chiang Mai e Siem Reap). A gente selecionou o melhor de lá. Vejam só:

O MELHOR DE LUANG PRABANG:

KUANG SI FALLS: A mais azul das cachoeiras! São várias quedas d’água e piscinas naturais da cor do céu, e em todas a gente pode mergulhar (só uma está fechada porque é considerada local sagrado). A cachu fica a uma hora de Luang Prabang, e dá pra ir de tuk tuk, por estradas sempre lindas de morrer. A gente foi num dia, voltou no outro, e se pudesse ficava lá pra sempre.

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BIKE: Você pode dar uma volta de tuk tuk porque é divertido. Mas o melhor jeito de conhecer Luang Prabang é de bike. Acredite, você vai se sentir muito mais íntimo da cidade. Pare nas lojinhas, cafés, e tudo mais. Vá no Templo Dourado, e em todos os outros (Luang é considerada a cidade mais espiritualizada da Indochina), e termine o dia vendo o sol de pôr no Monte Phousi, o templo mais alto do pedaço e com um vista panorâmica linda. DETALHE: Nossa bike não tinha tranca, e nem precisa. Luang não tem furtos. Paramos em todos os lugares, de dia e de noite, e a bike ficou intacta.

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Luang Prabang mount phousi

DICAS DA GULA: Atravesse a Ponte de Bambu, pare pra comer entre as árvores no Dyen Sabai ou no Utopia. O Patio Café também é uma graça. Além de comidinhas super tradicionais, abriga um centro artesanato (fica atrás do Dara Market). O 3 Nagas e o Tamarind são outros dois restaurantes upscale por lá (precisa reservar, porque é sempre cheio) e que servem tudo fresquinho. No Tamarind, além da comida deliciosa, tem também o curso de gastronomia mais festejado da área.

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HORA DAS COMPRAS: A feira que acontece todas as noites é o melhor lugar pra comprar de tudo, inclusive roupas, tecidos, colchas e bolsas feitas pelas tribos Hmong (e não da China), e nada custa mais de US$ 30. Para produções mais elaborados, tem Ock Pop Tok, o Caruso Lao Home Craft e o Fibre2Fabric.

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RELAX: Faça uma massagem no The Peninsula Sauna & Massage Centre (perto do Wat Xieng Thong Temple). O dono, Mrs Somchit, é fisioterapeuta e vem fazendo a Laos Massage há 25 anos.

O BÁSICO: Precisa de visto (a gente pega no aeroporto, e ele pedem foto 3X4 para emitir o visa) e vacina de febre amarela.

ONDE FICAR: O Ock Pop Toc é demais, é  o que mais gostamos. Além de ficar na beira do Rio, os quartos custam entre US$5o e US$70 .Ele fica a dez minutinhos do Centro.  Mas aqui há outras opções de hospedagem

AULAS LOCAIS: Pra aprender Batik e Tear, o melhor lugar é na Ock Pop Tok, que além de pousada é também um centro de artes. E para aprender culinária, o lugar é o Tamarind, como a gente falou ai em cima.

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TRIBOS DAS MONTANHAS: A tribo Khmu, nas montanhas de Luang Prabang, no Laos. O mapa indicava uma trilha de 15 minutos, mas na verdade, levava mais de uma hora beirando a Tad Thong Waterfall. É o único caminho. Na volta, quase escurecendo, sozinhos, sem guia e sem saber o caminho certo, chegamos a pensar em dormir por lá. A etnia Khmu faz parte de uma minoria que ocupa partes do Laos, Burma, Tailândia. Vivem da terra, do artesanato em sistema comunal! Essa tribo especificamente não está no roteiro de visitas turísticas, e por isso foi tão interessante conhecê-la.

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CERIMÔNIA DAS ALMAS: Acorde às 5h30 e veja a cerimônia das almas, quando os monges passam silenciosamente pelas ruas e recebem alimentos dos devotos.

BEIRA-RIO: Ver o dia passar tomando um drinque ou comendo alguma iguaria num dos restaurantes e bares à beira-rio é uma experiência imperdível para elevar a alma e o astral ainda mais. As 16h de uma tarde de janeiro, a luz será dourada e tudo mais especial.

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COMO CHEGAR: Tem um barco que vai pelo Mekong desde Chiang Mai e demora dois dias. Tem também vôos regulares saindo de Chiang Mai, Siem Reap e de Bangkok, que levam cerca de 1h/1h30m.

E agora, pra fechar com chave-de-ouro esse post, o melhor e mais precioso de tudo: a alma, a bondade e a luz do povo de Luang Prabang!

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11 Comments

    1. says: admin

      hahaha que bom!!! vocês vão amar! Recomendo totalmente http://ockpoptok.com. Ele fica a dez minutinhos do centro, mas você pode ir de bike (eles alugam). nós ficamos dois dias nesses hotel, e mudamos para outros depois para testar. E esse foi o mais incrível. Ficam na beira do Rio, e ainda oferecem várias atividades-cursos (tecelagem, batk, etc). A proposta deles é muito bacana, o café da manhã é super gostosinho, etc. Ele é um hotel mais barato, mas ultra charmosinho.

      Fique de bike em Luang, é a melhor forma de explorar a cidade.

      Para comer, experimente o Coconut Garden.

      E não perca Huang Si Falls!!!

    1. says: admin

      Oi, Ayako! Tudo bem? Desculpe a demora pra responder, mas estávamos viajando.
      Eu recomendo pelo menos 4 dias em Luang Prabang, se você tiver esse tempo. A cidade é linda, é gostosa pra passear, e tem bons programas.

  1. says: Yuri

    Olá. Vale a pena mesmo pegar esse barco lento por dois dias. .? Existem lugares imperdíveis nesse trageto ? Ou o mais incrível é Luang mesmo? Estou em Chiang Mai com minha mãe e pretendemos ir p luang em 3 dias. . Obrigado desde já

    1. says: admin

      Eu acho que vale mais à pena ir de avião do que de barco. O trajeto não é fundamental.
      Mas Luang Prabang é demais, Yuri. Foi um dos lugares que mais gostamos na viagem pelo sudeste asiático. Eu não deixaria de ir de jeito nenhum.

  2. says: Marcel Arantes

    Olá! Tenho no meu roteiro 4 dias para Luang Prabang e 3 dias para Chiang Mai. Será que valeria a pena inverter? 3 dias para LP e 4 para Chiang Mai? Estou muito na dúvida com relação a isso. Li em outros blogs o pessoal falando que em 2 dias da pra conhecer muiiitoo bem Luang Prabang. O que sugerem??

    Abs!!

    1. says: admin

      Oi, Marcel. . Realmente em dois dias você consegue conhecer Luang Prabang, mas não vai aproveitar tanto. Nós ficamos muito mais dias que isso, e teria ficado ainda mais, porque na nossa opinião foi um dos lugares mais lindos e alto astrais da viagem. Para vc ter uma ideia, só pra Huang Si, vai precisar de meio dia. As cachoeiras são lindas, e é permitido mergulhar. Depois, tem os templos de Luanag Prabang, a cerimônia das almas, os restaurantes (tem o Tamarindo, o Dyen Sabai, o Elephant), tem vários bares legais, a feira de artesanato, a beira do rio Mekong. Além disso vc pode pegar uma bike e passear pelas ruazinhas, que tem uma arquitetura super fofa. Em dois dias, você mal vai entrar no clima. Eu prefiro muito mais Luang Prabang a Chiang Mai. Mas essa é uma decisão muito pessoal.

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