A primeira pergunta que nos fizemos ao traçar essa viagem era: como chegar em Angkor e como ver as ruínas? E quantos dias ficar por lá? Bom, a cidade que serve de base pra visitar o templo é Siem Reap. Ela flutua sobre as ondas de turistas que passam por lá, e dá pra perceber nitidamente que ela cresceu e existe em função desse movimento. Um mercado, a Pub Street _ com uma concentração de bares e restaurantes onde a noite nunca acaba _ e uma população que oscila entre os preceitos do budismo e a influência frenética dos gringos _ formam o retrato da cidade. É de lá que a gente parte pras ruínas. Quem tem mais disposição se joga numa bike, mas com crianças fica mais difícil. Então a opção é alugar um Tuk Tuk (são 10 minutos do centro da cidade até lá). Pra entrar no templo, tem bilhete de 1, 3 e 7 dias. O passe de 3 dias é perfeito (nós vimos tudo em 2 dias, e deu numa boa). O passeio em Angkor começa pelo templo que dá nome ao complexo: Angkor Wat, com suas 5 torres enormes que representam o sagrado. O templo foi construído para ser um lugar de elevação espiritual de nobres e religiosos da época, que iam para uma espécie de retiro para atingir o céu, o nirvana, o paraíso. Hoje, o templo é aberto a todos, e é por lá que começa a visita. Pra entrar nessa parte do complexo, em respeito, é preciso cobrir as pernas e os ombros. Daí que você adentra em Angkor e tudo muda. O som ecoa entre as paredes geladas de pedra, blocos gigantes de rochas irrompem pelo caminho caídos das ruínas, e paredes com ninfas e outros seres esculpidos vão transformando o passeio numa viagem de sonhos e sensações. No templo Ta Phron, a natureza mostra toda a sua força. Árvores seculares crescem sobre as paredes, tomam as portas e janelas, e dominam de tal forma a obra khmeriana que suas raízes assemelham-se a tentáculos sobre as pedras. Lá foi filmado um dos filmes do 007, justamente por causa do cenário totalmente diferente de tudo, com um labirinto de pedras e selva. Em Bayon, gigantes de pedra com seus quase 200 rostos guardam a cidade-templo. São rostos enormes, que chegam a 10-15 metros de altura!!! E se misturam com as esculturas das apsaras (ninfas celestiais). Uma coisa! E é de Bakehng, no topo de uma pequena montanha, que a gente assiste ao pôr-do-sol. Todo mundo vai pra lá, então é melhor chegar cedo (e leve em conta que a entrada dele fecha às 17h30m). No meio do caminho, há alguns mirantes que ficam mais vazios.
EM TEMPO: O visto para o camboja é obtido no aeroporto, e precisa de ter 2 fotos 3X4 para entregar e pagar US$20.
Mais de Angkor:
– Angkor, parte I: cenário de filme para crianças
– Angkor Wat, parte II: o que ver