Como passar o verão sem destruir o mundo

Nesses dias de verão, o Rio de Janeiro virou um paraíso caribenho, com mar azul e… muito lixo na areia e boiando no mar. Vimos caixa de sabão em pó, saco plástico, lata de refrigerante e cerveja, garrafinhas de plástico, canudos e até camisinha. Só pra situar, o lixo hoje é um dos principais grupos de poluentes em ecossistemas marinhos, junto com metais pesados e petróleo. É alarmante, e nós fazemos parte disso.

Uma pesquisa, feita pelo WorldWatch Institute, mostra que o plástico constituiu 90% do lixo flutuante dos oceanos, e que 44% de todas as espécie de aves do planeta e 22% dos cetáceos já ingeriram algum tipo de plástico. Eles confundem resíduos plásticos com seu alimento natural, e a ingestão material  pode causar o bloqueio do trato digestivo e/ou sensação de inanição, matando ou causando sérios problemas à sobrevivência do animal. O canudo de plástico, tão insignificante? De acordo com a ONG, só nos EUA, cerca de 500 milhões de canudos são usados e dispensados todos os dias no ambiente. É o suficiente para dar duas voltas e meia em torno do planeta. E boa parte desse lixo vai para aterros sanitários e para o mar.

Agora veja, o seu lixo, o meu lixo, ele não é um problema só nosso. Ele é globalizado. Ele circula por todo o planeta atravês das correntes marinhas, e não desaparece. O lixo que jogam no Pacífico se acumula, por exemplo, na Praia do Atalaia, em Noronha. E é de pasmar como, apesar de todo os alertas, as pessoas continuam jogando lixo em qualquer lugar. Nos dias de verão aqui Rio de Janeiro, os garis chegam a recolher 16-20 toneladas de lixo por dia numa praia como a de Copacabana, que tem cerca de apenas 5km. Agora pare para pensar naquilo que não é recolhido e vai para os oceanos.

E deixo pra trás aqui todo o debate fundamental e profundo sobre saneamento básico, escolaridade, miserabilidade – não porque ache essas questões desimportantes, pelo contrário, mas porque para mim a tese de desescolaridade-pobreza-sujeira é preconceituosa, e porque canso de ver o pessoal bem vestido da Zona Sul carioca deixar sua porcalhada nas areias.

Então, gente, vamos cada um fazer o seu, que já faz a diferença. E é moleza:

  • recolha seu lixo da praia, se possível não embale em mais sacos plástico. Apenas carregue na ecobag, ou leve diretamente para o lugar de coleta.
  • Para que canudo? Leve sua garrafinha de casa se não quiser beber no copo de mate ou na lata, e apenas passe o líquido para ela.
  • Seu vizinho tá sujando tudo? Que tal se levantar e dar o exemplo? Recolha por ele, e talvez o porcalhão se manque
  • Seja um turista educado, preserve os locais por onde você passa. Não jogue lixo no chão e encostas, ele vai ser levado pela chuva para rios,  canais de água pluvial, e mar. Ou vai entupir bueiros, e causar enchentes.
  • Na hora de comprar, qualquer coisa, prefira produtos que não usam tantas embalagens. É o consumidor quem dita as regras do mercado.
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