No Jalapão e Serras Gerais, tudo é potente e gigante. Não existe nada pouco, mais ou menos. As quedas d’água dos cânions têm 80 metros, os lagos são azul intenso, o sol nascente – ou poente – são de calar os trovões, as dunas são as mais bonitas que já vimos, o laranja das montanhas é cor de fogo, a teia de aranha tem 4 metros, as araras voam em bandos, a terra é regada com a ancestralidade das comunidades quilombolas.
No Jalapão, até as distâncias são enormes. Nada tem menos de 2 horas de caminho e, para aproveitar mesmo o Jalapão, você vai ter que acordar antes do sol e só voltar quando ele se for.
E mesmo assim, você não vai ficar cansado, porque o Jalapão é tão lindo, intenso e profundo, que ele reverbera com toda a força dentro da gente. E enche tudo com energia. No fim, duas horas viram cinco minutos, porque o caminho também é uma viagem.
Eu chorei de emoção algumas vezes durante esses dias no cerrado brasileiro. Com as pessoas, com o que vi, e me perguntei como demoramos para conhecer esse lugar. Mas tudo tem seu tempo.
Credito a maravilha dessa experiência também à agência que nos levou, a Canindé Eco Tour, e ao Rostan Campos, sócio e guia, com raízes no Tocantins e um olhar apaixonado pelo destino.
E que, ainda por cima, nos levou nos lugares mais lindos em horários de contrafluxo, de forma que não esbarramos com outros grupos nos atrativos. Estar sozinho nessa imensidão já seria impagável; em meio à pandemia, então, nem se fala.
Tenho certeza que vocês vão se apaixonar. E Rostan, meu amigo querido, muito obrigada! O Jalapão é mágico! E você é o melhor guia, a melhor pessoa.
Dicas do Jalapão.
Nesse post você vai ler sobre:
- como chegar no Jalapão
- melhor época para ir pro Jalapão
- onde se hospedar
- quantos dias ficar no Jalapão
- qual a melhor agência
- Jalapão quanto custa
- roteiro detalhado de 7 dias
- fervedouro Jalapão: os mais lindos
- cachoeira do Formiga
- Dunas do Jalapão
- Pedra Furada
- Lagoa do Japonês
- Serras Gerais e Cânion Encantado
- Alvorecer na Serra da Catedral e do Espírito Santo
- Boia Cross no Rio Soninho
- Comunidades quilombolas
Como chegar no Jalapão e Serras Gerais
É preciso voar para Palmas, capital do Tocantins. Você pode pegar um voo bem cedo e já emendar no transfer para o Jalapão, ou pernoitar em Palmas e sair do dia seguinte.
Se for pernoitar, recomendo ficar na Pousada Taquaruçu (em Taquaruçu, e já no caminho para o Jalapão) ou no Hotel Araguaia (Palmas).
A distância do aeroporto para ambas é a mesma, e o valor do transfer por carro de até 5 pessoas gira em torno de R$70 (contato: Davi 63 8415-5964)
De Palmas para o coração de Jalapão, a gente rasgou umas 7 horas de estrada, com calma, parando numa cachoeira no meio do caminho para esticar as pernas e fazer um lanche.
Na volta, pegamos um voo de madrugada para o Rio. Aproveitamos o último dia até escurecer, e seguimos direto para o aeroporto.
Melhor época para ir pro Jalapão
A melhor época do ano para ir pro Jalapão é de maio a outubro, quando não chove. Julho costuma esfriar de noite, mas de dia é agradável.
Novembro a março/abril costuma chover bem.
Onde se hospedar no Jalapão
Antes de dizer onde se hospedar, é preciso dizer que você vai mudar de hotel todos praticamente os dias, tendo como base 3 cidades.
O Jalapão é enorme, e o ideal é fazer um roteiro circular dormindo em lugares diferentes e explorando, a cada dia, os atrativos no entorno. Vejam só no mapa onde ficamos:
A outra observação importante é que os hoteis do Jalapão não são sofisticados ou ultra-charmosos, e que a região tem uma estrutura mais básica de hospedagem.
Nós ficamos nos melhores de lá, e resumindo, são gostosos, limpos, confortáveis e servem uma café-da-manhã e jantares ótimos e fartos (todos no esquema bufê self-service liberado). Gostei bastante de todos.
Em todos os hoteis, encontramos cuidados como álcool gel, todos os funcionários de máscaras e luvas. Nos bufês, o uso de máscaras e luvas pelos hóspedes é obrigatória, e há sempre um funcionário de olho. Para comer antes dos outros, a dica que dou é chegar no primeiro horário.
- Jalapão Ecolodge, em São Felix, noite 1: é um glampingque fica numa Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). A propriedade é atravessada pelo Rio Soninho e tem dentro de seus limites a Serra da Catedral. A ideia de ficar aqui foi justamente explorar essa serra e o rio, que descrevo mais à frente. Vale dizer que o lodge tem 3 cabanas com banheiro privativo e o resto das habitações é com banheiro compartilhado. Nossa cabana tinha uma hidro com vista para a serra, banheiro e não tinha janelas. É uma experiência bem bacana, e diferente.
- Pousada Fervedouro Bela Vista, noite 2: fica em São Felix também, porém mais perto dos fervedouros. A pousada, inclusive, tem um fervedouro maravilhoso e que, das 20h às 7h30, fica exclusivo para os hóspedes. Os quartos têm ar split, tv de plasma e banheiro.
- Pousada Beira da Mata, em Mateiros, noite 3: Mesmo esquema de habitação: bangalôs com ar, tevê, banheiro e ótimo café da manhã.
- Pousada Águas do Jalapão, Ponte Alta, noites 4 e 5. Outra das melhores, com quartos confortáveis com ar split, tevê banheiro. Tem também spa, uma hidro e uma piscina natural super gostosa.
Parque Estadual do Jalapão: quantos dias ficar
No mínimo 6 dias inteiros. Há muita coisa para se ver no Jalapão, e as distâncias são longas. Ir com pouco tempo não vale à pena.
Precisa de agência para explorar o Jalapão e Serras Gerais?
Com certeza. No Jalapão e Serras Gerais não pega 3g, as estradas não tem sinalização e são de terra batida. Se perder é fácil, e não é qualquer carro que anda nesses caminhos. Precisa ser um veículo alto.
E aí, na minha opinião, a melhor agência do Jalapão é Canindé Ecotour. Para começar, Rostan é da região, não é uma mega agência, e faz tudo com alma. Isso muda a viagem. Depois, ele organizou um roteiro de contrafluxo em que sempre que chegávamos nos lugares, ou as outras agências já tinham ido embora, ou ainda não tinham chegado.
E assim – com exceção do fervedouro Buritizinho – tivemos todo o tempo que queríamos para curtir e relaxar nos lugares sem outros turistas por perto. E não tem nada que pague a sensação de estar sozinho nessas paisagens, mas, mesmo assim, os valores da Canindé são dos mais justos.
Jalapão quanto custa
Com a Canindé Ecotour. uma viagem de 6 dias com tudo incluso (hotel, passeios, transporte e alimentação, menos passagens e pernoite em Palmas) custa em torno de R$3100 por pessoa. Para 7 dias, fica em torno de R$3400.
Vi pacotes mais caros em outras agências, sendo que duvido que alguma seja melhor que a Canindé.
Jalapão pacote 7 dias (com Serras Gerais)
Qual melhor roteiro pelo Jalapão e Serras Gerais? O que ver no Jalapão? Coloco abaixo o roteiro que fizemos. Na verdade, fizemos o de 6 dias, mas recomendo que façam 7. No nosso, ficou de fora o dia 6 do descritivo abaixo.
Dia 1 | Translado entre Palmas e o Jalapão, com parada na cachoeira Encantada para um mergulho rápido e um lanche. |
Dia 2 | Alvorada gourmet na serra da catedral, boia-cross no Rio Soninho e fervedouros por Enquanto, Veredas, Alecrim e Bela Vista. Pernoite na Pousada Fervedouro Bela Vista |
Dia 3 | Visita à comunidade Quilombola do Prata, cachoeira da Formiga (ficamos bastante tempo), fervedouro do Buritizinho (o mais azul, e bem disputado. Lá, tem tempo contado de 15 minutos por grupo), fervedouro do Buritis (formato de coração ❤️, chegamos fim do dia e ficamos sozinhos). Pernoite Pousada da Mata |
Dia 4 | Trilha para ver o sol nascer na Serra do Espírito Santo (opcional, 150 por pessoas), dunas do Jalapão, Comunidade Quilombola e Prainha do Rio Novo, Cânion Sussuapara. Pernoite no Águas do Jalapão |
Dia 5 | Pedra Furada e Lagoa do Japonês (chegamos umas 14h e só saímos quando o sol se pôs). Pernoite no Águas do Jalapão |
Dia 6 | (esse é o que não fizemos; pulamos direto pro dia 7): Cachoeira Urubu Rei, Cachoeira da Cortina. Pernoite em Pindorama-TO |
Dia 7 | Mirante e Trekking Cânion Encantado com Cachoeira do Elias (o auge!!!!), fim de tarde no Arco do Sol, retorno pro aeroporto |
Translado : dia 1
Esse dia é uma iniciação ao que virá. As estradas que levam ao Jalapão vão ficando mais bonitas a cada trecho, até que começam a surgir as serras pelo caminho, pontuando o horizonte.
É uma translado longo, rasgamos quase 7 horas de estrada, mas com parada no caminho para um banho rápido de cachoeira. Chegamos no Jalapão por volta das 19h, com pernoite no Ecolodge Jalapão.
Serra da Catedral, Boia Cross e fervedouro: dia 2
Dizem que não tem nascente ou poente como o do Cerrado. Vejam vocês o vídeo abaixo, e me falem o que acham. No nosso segundo dia no Jalapão acordamos 4h para ver o sol despontar do alto da Serra da Catedral.
São 365 degraus morro acima, numa trilha de meia hora, com direito a café-da-manhã com bolo, pão de queijo, pães, sucos no coração desse gigante vermelho. Só a gente, o sol, o cerrado e a montanha cor de fogo. Abaixo dos nossos pés, o cerrado se perde no horizonte, com sua vegetação rasteira e as serras pontuando o horizonte à nossa frente. É energia pacas.
A Serra da Catedral fica dentro do Jalapão Ecolodge, um glamping bacanésimo com pegada sustentável dentro de uma propriedade com mais de 1000 hectares e transformada uma Reserva Particular do Patrimônio Natural para garantir sua preservação para o resto do tempos.
Nosso quarto é uma cabana sem janelas, e com vista escancarada para a mata e que, como as outras habitações do lodge, foi construída com os princípios da bioarquitetura e reuso de resíduos.
Do Alvorecer, seguimos para o boia-cross, no trecho do Rio Soninho também localizado na propriedade da pousada. O trajeto completo é de 3km descendo pela água limpíssima de cor avermelhada e cercada de mata densa.
Como ainda tínhamos um fervedouro para ir, por causa do tempo, fizemos apenas 700 metros, pegando as três melhores corredeiras, bem gostosas e divertidas, e nada radicais. Garantia de diversão para a família toda.
Uma hora e meia de estrada, e chegamos no nosso primeiro fervedouro, o Por Enquanto. Os fervedouros são nascentes que formam “pequenos lagos”. A fama, super merecida, é por causa da cor da água, azul cristalina, e também porque é impossível afundar na nascente.
O fenômeno ocorre porque a água que ressurge empurra a gente pra cima. Cada fervedouro é de um jeito, um menor, outro maior, mas são todos lindos e sempre cercado de Buritis, bananeiras, palmeiras.
O Por Enquanto, inaugurado há pouco tempo, ainda não é dos mais disputados e, como a Canindé montou nossa programação fugindo do fluxo de visitantes, encontramos o lugar vazio e ficamos por mais de 1 hora. Nos fervedouros mais disputados, o tempo de visita é contado, e varia entre 15 e 30 minutos.
Almoçamos lá mesmo, uma comida caseira e deliciosa, e seguimos para o Veredas e Alecrim. Nos últimos dois, tivemos a mesma experiência sossegada.
Ao fim do dia, rumamos para a nossa segunda base, a Pousada Bela Vista, que possui um fervedouro belíssimo, e com uso exclusivo para os hóspedes entre 20h e 7h30.
Cachoeira do Formiga e fervedouros Buriti e Buritizinho, comunidade do Prata: dia 3
Casca de Buriti, mel com buriti, rapadura, caldo da cana colhida no quintal e uma banca com produtos feitos de capim dourado pelas mulheres da comunidade Quilombola do Prata e vendidos de forma coletiva na banca montada na casa do seu Juracy Montezuma, 59 anos.
Na comunidade, uma mão ajuda a outra, e esse é um dos aprendizados que recebemos lá. O outro – que a gente incorpora logo de chegada – é que a natureza rege a vida, que canto de pássaro tem um valor imenso, que a gente precisa de mais calmaria no andor e é preciso reencontrar as raízes.
Adoramos! O dedo de prosa trocado com a família Montezuma foi um copo cheio de poesia. E além do mais, essas comunidades dependem do turismo.
A cachoeira do Formiga conseguiu ser mais do que esperávamos. Uma pequena queda d’água, com um lago que de cima tem cor de esmeralda, e debaixo é cristalina como vidro. Mais uma vez, chegamos lá sem ninguém, e ficamos por umas 2 horas na cachoeira.
De lá, seguimos para :
- fervedouro buritizinho: é bem pequeno, mas é o mais azul de todos. Também fiquei impressionada com a transparência da água. Por tudo isso, é também dos mais famosos, e o tempo lá é contado no relógio: 15 minutos
- fervedouro buriti: também um dos mais famosos, por ter formato de coração. Como chegamos mais no fim da tarde, os grupos todos já haviam ido embora, e tivemos o fervedouro só pra gente até o sol cair.
E então rumamos para Mateiros, onde pernoitamos na pousada Beira da Mata.
Serra do Espírito Santos, Dunas do Jalapão Rio Novo e Cânion Sussuapara: dia 4
São 3:30 da manhã, e a gente sai da pousada Beira da Mata rumo à Serra do Espírito Santo, para mais um alvorecer. Depois de meia hora de estrada, chegamos à base da montanha. São 295 metros de altura, e 700 metros de “escalaminhada” rumo ao topo, numa trilha bem estrutura que tem até bancos pelo caminho para descanso.
O céu é um dos mais estrelados que já vi, prenúncio de um alvorecer que ficaria marcado como um dos mais lindos que já vimos.
O sol surge por trás das outras serras que desenham o horizonte com pinceladas de laranja, rosa, vermelho, amarelo e revelando, à nossa frente, as escarpas verdes da serra onde estamos e o cerrado a perder de vista lá embaixo, enquanto a sinfonia do vento e dos pássaros toma conta do espaço. É emocionante.
Descemos a serra a tomamos o café no Bar da Bita, na entrada das Dunas do Jalapão. Parecia cenário de filme brasileiro. Uma tapera de pau a pique decorada com dezenas camisas de rally e times futebol, fincada no meio do nada; ao fundo, o cacarejo das galinhas.
Lá, o menino Veto nos apresentou a cachaça Jalapa, típica da região, que degustamos – aos bochechos como ele mandou – com café e bolo.
O próximo atrativo foram as Dunas do Jalapão, imensas, silenciosas, protegidas pelo parque e cercadas pelo buritis, por um rio e, ao fundo, a serra onde estávamos mais cedo. Rostan contou que parte das dunas é formada pela erosão da serra e trazida pelo vento.
Ficamos lá sozinhos, porque mais uma vez fugimos das hordas de turistas que vão para ao entardecer; chega a juntar centenas de pessoas. Imagino que deva ser lindo no por-do-sol, mas estar nesse imensidão da natureza sem ninguém por perto é indescritível.
O dia no Jalapão é longo, das dunas seguimos para a comunidade quilombola do Rio Novo, para um banho de rio e um almoço típico. Peixe local, feijão e mandioca colhidos no cerrado, e sorvete de frutas típicas.
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Fechamos o dia no Cânion Sussuapara. Lá, paredões de rocha, úmidos e cobertos por samambaias e musgo, formam um pequeno cânion. A água desce pela fenda e forma um pequeno rio ao longo do trajeto, que termina numa piscininha gelada.
É impressionante como um só destino pode ter tantas paisagens diferentes.
Dormimos em Ponte Alta, na pousada Águas do Jalapão, nossa base nos últimos dois dias.
Pedra Furada e Lagoa do Japonês: roteiro Jalapão dia 5.
O roteiro montado pelo Canindé é como uma sinfonia, que vai ganhando mais intensidade a cada momento. É de propósito, para que a viagem siga num crescente de sensações.
Pois o nosso penúltimo dia começa com a Pedra Furada logo cedo, um dos cartões-postais do Jalapão, e segue para um dos lugares mais lindos que já vi na vida: a Lagoa do Japonês. Chegamos depois do almoço, quando os grupos das outras agências já estavam debandando, e ficamos lá – mais uma vez só nós – até anoitecer.
A primeira visão é de um lago lindo, esmeralda, e cercado de mata nativa. E à medida que a gente nada para o fim do lago, a paisagem fica ainda mais surreal.
Imensos paredões, por onde descem cipós igualmente gigantescos, começam a surgir de um lado e de outro, para no final de tudo formarem uma espécie de caverna gigantesca.
E a cada braçada em direção a essa caverna, a água vai ficando mais azul e mais cristalina, até parecer um vitral turquesa.
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E quando o sol começa a cair, tudo muda de cor. E água do lago, um espelho antes azul, se pinta de laranja e rosa.
É completamente surreal. VEJAM só o vídeo de cima e o debaixo, e se apaixonem!
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Serras Gerais do Tocantins e Cânion Encantado: dia 6
O Jalapão tem isso: a cada lugar que você chega, você acha que é o mais lindo de todos. Com o Cânion Encantado e a cachoeira do Elias não pode ser diferente.
Para começar, uma trilha de 1 km, plana, mas debaixo do sol, até chegar à entrada do Cânion. E aí, a magia começa.
O caminho atravessa o cânion, cor de fogo, e cada trecho vai mudando de paisagem: pelo meio da mata, depois passando por um rio. E se você aguçar o olhar, vai perceber a vida da floresta a pleno vapor; um vai e vem de formigas trabalhadeiras pelo chão, uma teia de 4 metros repousando entre as folhas gigantescas.
Até que, de repente, a fenda se abre num círculo; estamos rodeados por paredões de 70 e 80 metros de altura, e deles despencam não uma – o que já seria escandaloso – , mas QUATRO quedas d’água. Uma delas ainda forma uma piscina. Paramos ali, tomamos banho, embriagados achando que já era o melhor da festa.
E então, Rostan nos chama. Seguimos agora por uma curta trilha entre esses paredões, com água caindo por todos os lados, e pedras de tamanho colossal cobertas de musgos fluorescentes, até chegar num funil, por onde descia a mais potente das cachoeiras, retumbando sonora e alta entre as pedras. E só a gente ali.
Parecia outro planeta. Ou a prova de que o nosso planeta é enorme, potente, e que somos um pontinho. Como é bom estar nos lugares que nos colocam na nossa medida certa.
Por fim, fechamos essa viagem vendo o por-do-sol da Pedra do Arco do Sol, para seguirmos, com o coração cheio, para o aeroporto e de volta para casa.
Olá Família!!!
Que bacana esse post sobre o Jalapão, um dos lugares mais encantadores do Brasil!
Eu estive lá em Dezembro de 2019, foi a minha última grande viagem antes da pandemia….
E lendo agora, me deu vontade de voltar pq teve lugares que vcs descreveram que não estava no meu roteiro.
E que maravilha saber que aos poucos é possível, fazer o que mais amamos que é Viajar!
Bjos, boas viagens e parabéns pelo blog!
Eli, nós também amamos Jalapão. é um lugar simplesmente incrível!!
E Deus criou a terra!
No Jalapão o coraçao nao bate trepida,nos da womantrip sempre falamos isso para nossos grupos. Jalapão é assim mesmo intenso, envolvente e na hora ir ,quer ficar.