Barbados é enorme tratando-se de uma ilha. Para atravessá-la de norte a sul, você vai gastar cerca de três horas. De leste a oeste, outras duas horas. E ela é tão diversa quanto extensa. Por aqui, pode-se dançar reggae, nadar com tartarugas, mergulhar em navios naufragados e comer peixe frito no Mercado. Ou tomar chá ingles e jogar partidas de críquete e golfe. Luxo ou aventura, ou ambos, e entre um e outro, lagostas fresquíssimas! Belezas naturais, compras, aventura em família, romance, há de tudo na ilha. A diversidade de programas é surpreendente, como já mostramos nessa série de posts. Vamos começar falando sobre as ruas e casas de Barbados, com sua beleza excepcional!
Mas além disso tudo, uma outra coisa chamou muito nossa atenção: a arquitetura local. Barbados tem uma coleção super preservadas de casas Chatell, aquelas de madeira, todas coloridas! É lindo lindo lindo!
Algumas foram erguidas nos anos 1800. E a a história delas é curiosíssima: os ex-escravos foram autorizados a construir suas moradias nas lavouras em que trabalhavam, mas a terra não lhes pertencia. Uma vez demitidos ou despejados, esses homens poderiam levar a casa, desmontada. Por isso, eram feitas de madeira encaixada, e com uma estética bastante interessante. Contavam com um galpão nos fundos, e janela tradicional de madeira com capuzes que davam privacidade e protegiam do sol. A simetria de seu projeto – a casa típica tem uma porta no centro do painel frontal e uma janela de cada lado da porta – era um empréstimo do estilo georgiano das Casas Grandes.
Há passeios que percorrem a ilha mostrando essas casas, assim como outros sítios e monumentos importantes de Barbados. Na histórica Bridgetown, há exemplares dos séculos XVII, XVII e XIX tão importantes que a capital foi declarada Patrimônio Histórico pela Unesco. Na lista, sobressaem-se a fonte Chamberlain, o suntuoso prédio do Parlamento com sua torre do relógio; a Sinagoga Nidhe Israe, de 1654, e a mais antiga ainda ativa das Américas.
Se tudo isso é preservado? A resposta mais exata é que várias iniciativas têm sido tomadas neste sentido. Como a a Barbados National Trust, fundação criada em 1961 “para promover a preservação de locais de interesse histórico e arquitectónico e de beleza natural e importância ecológica.” Ela, inclusive, oferece um programa batizado de Open House, com visitas guiadas ao interior dessas casas. É uma maneira agradável conhecer esse patrimônio, e interagir com os barbadianos. Recomendamos!
*** O Juju na Trip viajou para Barbados a convite com Visite Barbados e ficou hospedado no Sea Breeze Hotel.