O Rico sempre diz que não tem melhor lugar no mundo do que dentro d’água. Lá, não tem estresse, não tem celular, não tem história. E para ele, como para 100% dos surfistas, bastam duas palavras pro coração bater mais forte: noronha e swell. Então lá fomos nós nesse fim de ano para Fernando de Noronha, um dos meus lugares preferidos na Terra, e um dos melhores lugares para surfar no Brasil.
A temporada de ondas em Noronha começa oficialmente em novembro, mas é em janeiro que os mar muda realmente, continuando com boas ondas até fim de fevereiro/começo de março.. Sendo assim, em novembro, quando desembarcamos em Noronha, pegamos uma entressafra. O swell tinha entrado uns dias antes e saído, o mar flat (pra minha alegria e da Ju), mas o surfguru já anunciava uma nova ondulação para a semana seguinte (para alegria do Rico).
Noronha: um dos melhores lugares para surfar no Brasil.
Quando os tubos começam, esqueça os passeios de barco, mergulho, snorkel. A paisagem se transforma, e o lado do mar de dentro _ normalmente calminho – surge com ondulações podem chegar a 4-5 metros, e não dá pra entrar nem na beirinha. O lado do mar de fora fica mais calmo (sueste e leão), e é lá, e só lá, que dá pra tomar banho de mar. O resto da ilha é onda sobre onda, exatamente assim, bugres com gente bronzeada a cabelos brancos de sol. Hawaii em terras pernambucanas.
Agora se liga nos picos onde rolam os melhores tubos, e aloha!
- A Cacimba do Padre é o pico mais famoso da ilha, com ondas fortes e tubulares, nível internacional. As ondas podem passa de dez pés.
- O Boldró tem ondas bem rápidas, fortes e tubulares, que quebram em fundo de pedra. de 4 a 1o pés. Muitas vezes na maré vazia a Cacimba está ruim, o Boldró tem várias. Vale sempre conferir.
- A Praia da Conceição tem ondas menores, de 2 a 8 pés, pra esquerda e direita. É menos crowd que as outras praias.
- A Laje do Bode tem fundo de pedra, e rola esquerdas e direitas. As ondas são tubulares, com formação perfeita, variando entre 3 a 8 pés.
- Abras tem fundo de pedra e ondas de longas que tem entre 3 a 8 pés. Na caminhada até o pico rola um certo perrengue, assim como para entrar e sair da água. Vale ver o caminho e as dicas com alguém que já tenha surfado lá pra evitar sufoco.